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Perceção da Corrupção. Declínio de Portugal deve-se a "problemas estruturais"

por RTP

O índice da corrupção da não se baseia em "perceções da população em geral". Segundo a presidente da Transparência Internacional em Portugal, baseia-se em 11 fontes, mas de perceções de especialistas que olham para os diferentes países com "os mesmos critérios". O declínio da avaliação portuguesa, como explicou à RTP Margarida Mano, deve-se a "problemas estruturais que não têm sido corrigidos" nos últimos anos.

Portugal teve uma queda na avaliação, assim como "muitos países europeus", e isto é "sintomático de uma certa ineficácia" em particular nos país do sul "na luta contra a corrupção".

No caso da avaliação portuguesa, Margarida Mano explicou à RTP que o índice "traduz claramente o dano reputacional" que Portugal está a sofrer lá fora. A posição portuguesa neste índice está em declínio desde 2015, "porque estão identificados problemas estruturais que não têm sido corrigidos".

"Há um conjunto de problemas estruturais", repetiu a responsável, admitindo que alguns estão relacionados com "uma atuação que é insuficiente" ou porque os "mecanismos de atuação são ineficazes".

"Não há metas, não há prazos, não há mecanismos de acompanhamento", acrescentou.

Apesar disso, Margarida Mano não nega que "Portugal avançou muito na luta contra a corrupção, nos últimos 20 anos", mas "muitas dessas ações são ineficazes", incluindo a ineficácia na "aplicação da Justiça e das leis".
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